quarta-feira, 22 de julho de 2015

Marca de lingerie resolve abolir Photoshop

Nada como uma boa notícia, para me fazer ter vontade de escrever! 

A novidade é que finalmente uma marca de lingerie teve coragem de ir na contramão das demais do segmento e resolveu fazer uma campanha com anúncios sem Photoshop. Quem teve a ousadia foi a marca American Eagle





Ainda acho que as moças não são tão "gente como a gente", porque não as vejo como o padrão real e geral da população, mas como a proposta foi de apenas (o que não é pouco) "abolir o Photoshop", foi uma bela iniciativa e marca está de parabéns! 

O resultado? As vendas dispararam! 




O sucesso me parece óbvio, afinal mulheres terão muito mais confiança em comprar uma lingerie que fique linda em um corpo de mulher verdade e não em uma mulher/Barbie, que não precisa que nada se adapte às suas curvas, concordam?





Para lembrar a todos do que geralmente encontramos nos anúncios de lingerie, nada melhor do que as angels da Victoria's Secret - que recentemente foi criticada pela super valorização do culto ao "corpo perfeito". 




Por hoje é só! :) 


Informações: http://amorpelafotografia.com/post/2017 

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Meu encontro comigo mesma

Esses dias eu estava angustiada, cheia de medos e incertezas, quando a menina que eu fui aos 17 anos, me colocou no colo, me fez um cafuné e me explicou algumas coisas sobre a vida.

Calma, eu explico!

A maior parte do tempo eu levo as coisas numa boa e dou risada dos meus problemas, mas às vezes, bate um desespero, um aperto no peito e então, me vem à pergunta “será que eu fiz a escolha certa?”. Ser jornalista me parece à escolha mais lógica para as minhas aptidões desde criança. Eu gostei do meu curso do início ao fim e quando penso no que me vejo fazendo no futuro, a resposta é muito clara: me vejo sentada em uma escrivaninha, perto de uma janela grande e arejada, com alguns livros na prateleira, escrevendo...

No entanto, existe o mercado de trabalho e eu fui avisada sobre ele desde cedo, mas não quis pensar muito a respeito, só quis seguir em frente. O fato é que eu nunca soube exatamente o que iria fazer com o meu diploma e confesso, ainda tenho dúvidas.

Foi meio a essa crise, que me aconteceu quase como no filme brasileiro “A dona da história”, em que a personagem Carolina, vivida por Marieta Severo, se encontra com Debora Falabela – sua versão 30 anos mais jovem.

No meu caso, me encontrei com eu mesma há seis anos, por meio de um texto antigo, do meu blog da adolescência, que dizia exatamente o que eu precisava ouvir. No texto, eu falo sobre a minha escolha em cursar jornalismo e as diversas profissões que já me passaram pela cabeça, mas foram descartadas.

Por fim, eu explico a minha decisão e ao mesmo tempo a minha incerteza da seguinte forma: “Não há cem por cento de certeza, mas o que é cem por cento certo? Só nas exatas mesmo, e não há nada que eu deteste mais do que exatas, por isso nunca deixei que minha vida se tornasse algo assim, tudo o que quero é humanas!”. Dessa forma simples, a colegial que um dia eu fui, me fez entender e aceitar que a minha decisão foi simplesmente humana e que todas as minhas dúvidas também são – como eu sempre quis e sempre busquei.


Aos 17, eu não era uma boa aluna. Eu matava aula com os meninos, colava nas provas de matemática e nem me esforçava para tentar entender física. Mas, tinha uma paixão pelas palavras que me fazia acreditar no futuro... E, sabe de uma coisa? No fundo, ainda me faz. 

terça-feira, 14 de julho de 2015

Espiritualidade x Religião

Hoje, vou falar sobre um assunto muito simples para mim, mas que às vezes me deixa em uma “saia justa”, por não ser entendido por outras pessoas: religião e espiritualidade.

A maioria das vezes em que eu resolvi ser honesta e dizer que não tenho religião – até mesmo em entrevista de emprego (sim, ainda insistem em questionar isso em entrevistas de emprego!), as pessoas me olharam como se eu fosse ateia e já afirmaram até mesmo, sem me perguntar, que eu não era Cristã.

Algumas vezes me olharam com pena, com misericórdia, como se estivessem pensando “ela é jovem, ainda vai encontrar a luz!”, (risos).

Primeiramente, vamos aos conceitos: ateu é aquele que não acredita em Deus, agnóstico é aquele que alega impossibilidade de provar ou não a existência de Deus e Cristão é simplesmente, aquele que acredita em Jesus Cristo e professa os ensinamentos dele (e não o Catolicismo, como muitos pensam). Dessa forma, é possível não seguir nenhuma religião e ser Cristão.

Além disso, nunca é demais lembrar que: Jesus não era cristão, Buda não era budista e Maomé não era muçulmano. Todos eram revolucionários e belos professores.

A religião é um conjunto de crenças e rituais, que a princípio, foi criada para servir como um meio de expressar a espiritualidade. Já a espiritualidade, é a qualidade de ser espiritual, ou seja, acreditar e contemplar o mundo espiritual.
Um texto do Frei Beto explica bem as diferenças entre espiritualidade e religião, e justifica bem a minha escolha pela espiritualidade:

“Em geral, a religião se apresenta como um catálogo de regras, crenças e proibições, enquanto a espiritualidade é livre e criativa. Na religião, predomina a voz exterior, da autoridade religiosa. Na espiritualidade, a voz interior, o ‘toque’ divino.
A religião é uma instituição; a espiritualidade, uma vivência. Na religião há disputa de poder, hierarquia, excomunhões e acusações de heresia. Na espiritualidade predominam a disposição de serviço, a tolerância para com a crença (ou a descrença) alheia, a sabedoria de não transformar o diferente em divergente. A religião culpabiliza; a espiritualidade induz a aprender com o erro. A religião ameaça; a espiritualidade encoraja. A religião reforça o medo; a espiritualidade, a confiança. A religião traz respostas; a espiritualidade suscita perguntas. As religiões são causas de divisões e guerras; as espiritualidades, de aproximação e respeito. Na religião se crê; na espiritualidade se vivencia. A religião nutre o ego, pois uma se considera melhor que a outra. A espiritualidade transcende o ego e valoriza todas as religiões que promovem a vida e o bem (...)”.

É exatamente assim que me sinto com a minha escolha – escolha esta que todos têm o direito de fazer.
Sinto-me vivenciando minha espiritualidade em diversas situações do meu dia-a-dia, como quando acordo em um dia ensolarado e agradeço intensamente por essa dádiva divina (amo o sol). Igualmente, quando vou dormir agradecida por minha cama quentinha, mas comovida por quem não tem o mesmo.
Por outro lado, não vejo Cristianismo em quem deveria seguir “amar aos outros como a ti mesmo” e age com preconceito seja por cor, orientação sexual, religião, ou qualquer outra coisa.
Por ter escolhido a espiritualidade, não tento convencer ninguém de fazer o mesmo, pois acredito que cada indivíduo tem necessidades próprias e deve procurar supri-las da melhor maneira. Respeito e entendo os ateus, agnósticos e religiosos. Sendo assim, peço que também não tentem me convencer de nada e respeitem a minha escolha.