quinta-feira, 29 de outubro de 2015

NÓS ESTAMOS FARTAS - CHEGA DE ASSÉDIO!

Os relatos das meninas contanto os primeiros casos de assédios que sofreram invadiram as redes sociais. O fato é que nunca se viu (eu nunca havia visto) tanta gente falando sobre violência contra a mulher como agora. Não acredito que estamos tendo mais casos do que antes, mas acredito que as redes sociais estão dando mais visibilidade para esse problema e encorajando todas nós a lutarmos contra isso, a gritar para o mundo todo ver que não é piada, é agressão e nós estamos fartas de ser agredidas.

Confesso que quando li os primeiros relatos, achei que era “sortuda”, pois não estava me lembrando de momentos em que sofri assédio sexual, além dos típicos, mas não menos lamentáveis, casos de assédios nas ruas, ou quando nos sentimos um bife no açougue quando passamos perto de uma rodinha masculina (isso não é legal). 

No entanto, não demorou muito para que eu me recordasse de vários deles. Eu não me lembrava, porque são daqueles abusos "sutis" que nos deixam desconfortável, mas não são considerados casos de polícia. O fato é que estamos quase “acostumadas” com esse tipo de situação, pois quando estamos saindo da infância e entrando na adolescência nossa mãe, tia, avó nos alertam dos perigos de uma moça andar na rua sozinha, nos pedem atenção, nos deixam preparadas (claro, querem nos proteger!), e isso nos faz pensar que mais cedo ou mais tarde, vamos passar por alguma situação constrangedora, como se isso fosse “normal”, então algumas vezes nem registramos esses acontecimentos.

Me lembro bem da primeira vez que senti medo na rua. Eu tinha aproximadamente 12 anos e estava indo para minha aula de ballet. Devia ser umas 16h, o dia estava bem claro e eu bem distraída, quando de repente um homem estranho saiu de trás de uma árvore, veio em minha direção e disse “que olhos bonitos você tem!” - poderia ser um elogio como qualquer outro, mas eu percebi no olhar dele, na forma como ele se aproximou e na voz, que não era. Não era coisa da minha cabeça – eu tinha 12 anos e ele estava me olhando como uma mulher. Eu fiquei tão assustada que sai correndo disparada até chegar ao ballet, quando cheguei, me senti meio boba por ter corrido em plena luz do dia, mas tinha me sentido ameaçada.

Tantas outras vezes, em shows e lugares com grande aglomeração de pessoas, alguns “garotos” se sentiram no direito de pegar nos meus cabelos e passar a mão em mim. Eu achava aquilo “normal”, pois já haviam me alertado que lugares cheios de gente são assim mesmo, era quase como se eu estivesse assinando um termo de consentimento quando ia a algum lugar assim, era como se fosse um acordo: “Quer ver o show de pertinho? Então aguente os meninos, eles são assim mesmo”.

Depois, com uns 14 anos, o marido de uma amiga da minha mãe começou a me dar beijos no rosto diferentes ao me cumprimentar, ele dava uns beijos melados, se aproximando da minha boca. Na primeira vez, achei que fosse sem querer, depois comecei a achar que não, “aquilo não era coisa da minha cabeça”, então comentei com uma amiga que tinha recebido um beijo do mesmo tipo desse mesmo homem. Contei para minha mãe que ficou furiosa e até brigou com a amiga que não acreditou quando ela contou sobre o acontecimento. Esse “senhor” parece constrangido quando me vê até hoje, o que eu acho ótimo, porque sim, são eles que devem se constranger e não as vítimas.

Com uns 15 anos fui em um churrasco em uma chácara com uma amiga e quando eu estava na beira da pia cortando um limão, um garoto passou por mim esfregando seu pênis na minha bunda – poucas vezes eu senti tanto nojo na minha vida, quanto naquele dia. Tenho nojo desse garoto até hoje.

Mais tarde, em um estágio da faculdade, meu chefe insistia em cumprimentar eu e minha amiga com beijinho no rosto (daqueles melados) e as mulheres mais velhas não. Ele passava a mão no meu cabelo de um jeito que me incomodava e me olhava de um jeito estranho. Nós, mulheres, sabemos quando tem segunda intensão, sabemos quando “não é coisa da nossa cabeça”. Eu não aguentei e larguei meu estágio antes de completar um ano, porque não suportava aquele homem.

Homens, pensem bem se algum dia vocês não foram algum desses babacas que eu citei no texto para alguma garota, porque isso tudo não é brincadeira e não é “normal”, é assédio e nós vamos fazer um escândalo!

Assista o vídeo “VAMOS FAZER UM ESCÂNDALO”, da maravilhosa Jout Jout: https://www.youtube.com/watch?v=0Maw7ibFhls

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Tema do ENEM 2015 = ESPERANÇA

Não tinha como eu deixar de falar sobre o tema da redação do ENEM 2015. Tivemos um ano marcado por discussões tristes, pautas absurdas e verdadeiros retrocessos, por isso, ver o tema "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira" é um grande motivo de comemoração. 

Um tema amplo, que pode ser explorado de diversas maneiras... É triste ainda estarmos longe de resolver o problema, mas é muito bom saber que pelo menos 7 milhões de pessoas pararam para refletir sobre isso ontem. 

Podemos pensar naquela conhecida e sofre/sofreu violência doméstica, naquela colega de trabalho que sofre violência psicológica por parte do marido e nem percebe, no Bolsonaro que agrediu a Maria do Rosário publicamente, na pequena Valentina, do MasterChef Júnior que está sofrendo assédio sexual virtualmente, em todas nós que já passamos por alguma situação de violência seja ela física, moral, psicológica, sexual, enfim, são inúmeras as situações e são por todas elas e por todas nós mulheres, que esse tema deve ser aplaudido. 





Além disso, a prova de Ciências Humanas trouxe uma citação de Simone de Beauvoir (morro de amores). 



É isso aí, estamos no caminho certo! 



sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Cabelos brancos

Vamos falar sobre cabelos brancos

Desde que eu me conheço por gente, me lembro das pessoas dizendo que os cabelos brancos, assim como as rugas, ficam charmosos nos homens, mas envelhecem as mulheres. 





Para começar, envelhecer é algo natural e inevitável, tanto para as mulheres quanto para os homens. A questão é, porque envelhecer para eles é charmoso e para nós não? Porque a nossa sociedade (machista) quis assim - simples! 

No entanto, eu tenho visto algumas iniciativas bacanas que têm o intuito de libertar as mulheres da escravidão da juventude eterna

Quando falamos em mulher bonita de cabelos brancos, logo nos vêm a cabeça a memorável Meryl Streep na pele de Miranda Priestly.




A Sra. Priestly é ou não é o charme em pessoa? 

Recentemente, eu vi também, uma matéria sobre a modelo francesa Yasmina Rossi. Ela tem 59 anos e usa seus cabelos grisalhos com muita elegância. 






Quem também tem levantado essa bandeira é a minha blogueira de moda preferida, a Joanna Moura do Um ano sem Zara


Ela tem por volta dos 30 anos, mas começou a ter cabelos brancos muito novinha. Agora, há pouco tempo, resolveu assumir a raiz natural. 



O legal disso tudo é a liberdade! Não estou dizendo que todas as mulheres têm que deixar os cabelos brancos à mostra, estou dizendo apenas, que todas as mulheres podem deixar e continuar lindas. A beleza, o charme e a jovialidade não está na cor dos cabelos e sim na postura e na atitude de cada pessoa. 

Sinta-se livre para ter cabelos pretos, loiros, ruivos, brancos, cor-der-rosa, a escolha é só sua e a beleza também!! :) 




quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Novas histórias, novos caminhos! (Antíprincesas)

Começar um texto com "na minha época" quando se tem 23 anos, pode parecer meio bizarro, mas a verdade é que felizmente as novas gerações já têm novas histórias para contar, porque mesmo que "pouco tempo" tenha se passado, as coisas estão mudando, devagar e sempre, mas estão.

Na minha época, as meninas praticamente só tinham acesso a histórias de princesas, a Branca de Neve, a Cinderela, a Bela e a Fera, a Ariel, a Jasmine e muitas outras fizeram parte da minha infância. Eu não posso dizer que isso tenha sido ruim, era maravilhoso sonhar com o Castelo e o príncipe encantado, mas será que essas histórias se encaixam em nossas vidas? 

Não me entendam mal, sou super a favor do mundo lúdico e da fantasia, seja para crianças ou adultos, mas também penso que as nossas meninas podem ser representadas por mulheres mais reais (sem deixar a magia de lado). 

Vocês já perceberam que todas essas histórias das princesas da Disney giram em torno do príncipe encantado? Acho que fomos induzidas a buscar o homem perfeito que não existe e a acreditar que nossas vidas só teriam o final feliz quando ele chegasse e nos desse aquele beijo dos contos de fadas, mas será mesmo que nossas vidas tem que girar, ou mesmo giram, em torno dos homens? 

NÃO! O amor é lindo, mas temos tantos outros interesses, tantas outras histórias para contar. Além disso, quem aí já assistiu uma animação cujo o personagem principal é masculino e passa a história inteira em busca da princesa, para só assim ter o final feliz? Acho que só nós fomos induzidas a esses pensamentos ao longo de toda a nossa infância.

Mas, porém, contudo, todavia... As coisas estão mudando! 

A prova disso é a nova coleção de livros "Antíprincesas" lançada pela editora argentina "Chirimbote". No lugar da tradicional princesa a espera do príncipe encantado, a coleção dá espaço para uma menina mexicana que, depois de sofrer um acidente que a deixou de cama, começou a pintar lindos quadros! 

Também tem a história da chilena que, aos nove anos, aprendeu a tocar violão e encantou o mundo! (Uhul!)

Já está achando isso lindo? Então agora chore com a informação de que esses dois primeiros lançamentos foram os livros "Frida Kahlo" e "Violeta Parra", sim, a pintora mexicana e a cantora e compositora chilena, respectivamente.


Foto: reprodução/ Facebook Chirimbote


Foto: reprodução/ Facebook Chirimbote


O próximo livro já tem tema escalado, ele irá contar a história da Juana Azurduy, uma militar boliviana de origem indígena que lutou pela independência da América Espanhola. 

Não é inspirador contar essas histórias para as nossas crianças e mostrar para elas que têm muitas mulheres cheias de garra que nos representam muito mais do que as princesas? Eu estou encantada! 













terça-feira, 18 de agosto de 2015

Vamos juntas?

Hoje, eu fiquei sabendo de um projeto muito legal para diminuir a insegurança das mulheres - o Movimento "Vamos Juntas". A ideia é simples, funcional e muito bacana! 

Quantas vezes você (mulher) já sentiu medo ao andar apé sozinha? Seja por estar noite, ou em uma região mais perigosa, o fato é que a insegurança caminha junto com a gente, não é mesmo?

Pensando nisso, a jornalista Babi Souza, 24 anos, teve a ideia de criar esse projeto cujo o objetivo é coibir práticas de violência. O movimento traz duas propostas: unir mulheres que ainda não se conhecem e também, mulheres que já se conhecem e andam em caminhos semelhantes - assim podem se organizar para caminhar juntas.

Quem desenvolveu o projeto foi a designer Vika Schmitz, colega da Babi. A descrição do movimento explica direitinho a ideia dessa iniciativa. "Na próxima vez que estiver em uma situação de risco, observe: do seu lado pode estar outra mulher passando pela mesma insegurança. Que tal irem juntas?". 

Com certeza essa não é a solução para acabar com essa triste realidade e novamente a vítima terá que se "mexer" para tentar coibir práticas criminosas. No entanto, diante do cenário atual, é uma forma de proteção que trará resultados a curto prazo e nós mulheres precisamos disso. 

Veja alguns casos de mulheres que resolveram "andar" juntas: 


E daí, vamos juntas?












quarta-feira, 22 de julho de 2015

Marca de lingerie resolve abolir Photoshop

Nada como uma boa notícia, para me fazer ter vontade de escrever! 

A novidade é que finalmente uma marca de lingerie teve coragem de ir na contramão das demais do segmento e resolveu fazer uma campanha com anúncios sem Photoshop. Quem teve a ousadia foi a marca American Eagle





Ainda acho que as moças não são tão "gente como a gente", porque não as vejo como o padrão real e geral da população, mas como a proposta foi de apenas (o que não é pouco) "abolir o Photoshop", foi uma bela iniciativa e marca está de parabéns! 

O resultado? As vendas dispararam! 




O sucesso me parece óbvio, afinal mulheres terão muito mais confiança em comprar uma lingerie que fique linda em um corpo de mulher verdade e não em uma mulher/Barbie, que não precisa que nada se adapte às suas curvas, concordam?





Para lembrar a todos do que geralmente encontramos nos anúncios de lingerie, nada melhor do que as angels da Victoria's Secret - que recentemente foi criticada pela super valorização do culto ao "corpo perfeito". 




Por hoje é só! :) 


Informações: http://amorpelafotografia.com/post/2017 

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Meu encontro comigo mesma

Esses dias eu estava angustiada, cheia de medos e incertezas, quando a menina que eu fui aos 17 anos, me colocou no colo, me fez um cafuné e me explicou algumas coisas sobre a vida.

Calma, eu explico!

A maior parte do tempo eu levo as coisas numa boa e dou risada dos meus problemas, mas às vezes, bate um desespero, um aperto no peito e então, me vem à pergunta “será que eu fiz a escolha certa?”. Ser jornalista me parece à escolha mais lógica para as minhas aptidões desde criança. Eu gostei do meu curso do início ao fim e quando penso no que me vejo fazendo no futuro, a resposta é muito clara: me vejo sentada em uma escrivaninha, perto de uma janela grande e arejada, com alguns livros na prateleira, escrevendo...

No entanto, existe o mercado de trabalho e eu fui avisada sobre ele desde cedo, mas não quis pensar muito a respeito, só quis seguir em frente. O fato é que eu nunca soube exatamente o que iria fazer com o meu diploma e confesso, ainda tenho dúvidas.

Foi meio a essa crise, que me aconteceu quase como no filme brasileiro “A dona da história”, em que a personagem Carolina, vivida por Marieta Severo, se encontra com Debora Falabela – sua versão 30 anos mais jovem.

No meu caso, me encontrei com eu mesma há seis anos, por meio de um texto antigo, do meu blog da adolescência, que dizia exatamente o que eu precisava ouvir. No texto, eu falo sobre a minha escolha em cursar jornalismo e as diversas profissões que já me passaram pela cabeça, mas foram descartadas.

Por fim, eu explico a minha decisão e ao mesmo tempo a minha incerteza da seguinte forma: “Não há cem por cento de certeza, mas o que é cem por cento certo? Só nas exatas mesmo, e não há nada que eu deteste mais do que exatas, por isso nunca deixei que minha vida se tornasse algo assim, tudo o que quero é humanas!”. Dessa forma simples, a colegial que um dia eu fui, me fez entender e aceitar que a minha decisão foi simplesmente humana e que todas as minhas dúvidas também são – como eu sempre quis e sempre busquei.


Aos 17, eu não era uma boa aluna. Eu matava aula com os meninos, colava nas provas de matemática e nem me esforçava para tentar entender física. Mas, tinha uma paixão pelas palavras que me fazia acreditar no futuro... E, sabe de uma coisa? No fundo, ainda me faz. 

terça-feira, 14 de julho de 2015

Espiritualidade x Religião

Hoje, vou falar sobre um assunto muito simples para mim, mas que às vezes me deixa em uma “saia justa”, por não ser entendido por outras pessoas: religião e espiritualidade.

A maioria das vezes em que eu resolvi ser honesta e dizer que não tenho religião – até mesmo em entrevista de emprego (sim, ainda insistem em questionar isso em entrevistas de emprego!), as pessoas me olharam como se eu fosse ateia e já afirmaram até mesmo, sem me perguntar, que eu não era Cristã.

Algumas vezes me olharam com pena, com misericórdia, como se estivessem pensando “ela é jovem, ainda vai encontrar a luz!”, (risos).

Primeiramente, vamos aos conceitos: ateu é aquele que não acredita em Deus, agnóstico é aquele que alega impossibilidade de provar ou não a existência de Deus e Cristão é simplesmente, aquele que acredita em Jesus Cristo e professa os ensinamentos dele (e não o Catolicismo, como muitos pensam). Dessa forma, é possível não seguir nenhuma religião e ser Cristão.

Além disso, nunca é demais lembrar que: Jesus não era cristão, Buda não era budista e Maomé não era muçulmano. Todos eram revolucionários e belos professores.

A religião é um conjunto de crenças e rituais, que a princípio, foi criada para servir como um meio de expressar a espiritualidade. Já a espiritualidade, é a qualidade de ser espiritual, ou seja, acreditar e contemplar o mundo espiritual.
Um texto do Frei Beto explica bem as diferenças entre espiritualidade e religião, e justifica bem a minha escolha pela espiritualidade:

“Em geral, a religião se apresenta como um catálogo de regras, crenças e proibições, enquanto a espiritualidade é livre e criativa. Na religião, predomina a voz exterior, da autoridade religiosa. Na espiritualidade, a voz interior, o ‘toque’ divino.
A religião é uma instituição; a espiritualidade, uma vivência. Na religião há disputa de poder, hierarquia, excomunhões e acusações de heresia. Na espiritualidade predominam a disposição de serviço, a tolerância para com a crença (ou a descrença) alheia, a sabedoria de não transformar o diferente em divergente. A religião culpabiliza; a espiritualidade induz a aprender com o erro. A religião ameaça; a espiritualidade encoraja. A religião reforça o medo; a espiritualidade, a confiança. A religião traz respostas; a espiritualidade suscita perguntas. As religiões são causas de divisões e guerras; as espiritualidades, de aproximação e respeito. Na religião se crê; na espiritualidade se vivencia. A religião nutre o ego, pois uma se considera melhor que a outra. A espiritualidade transcende o ego e valoriza todas as religiões que promovem a vida e o bem (...)”.

É exatamente assim que me sinto com a minha escolha – escolha esta que todos têm o direito de fazer.
Sinto-me vivenciando minha espiritualidade em diversas situações do meu dia-a-dia, como quando acordo em um dia ensolarado e agradeço intensamente por essa dádiva divina (amo o sol). Igualmente, quando vou dormir agradecida por minha cama quentinha, mas comovida por quem não tem o mesmo.
Por outro lado, não vejo Cristianismo em quem deveria seguir “amar aos outros como a ti mesmo” e age com preconceito seja por cor, orientação sexual, religião, ou qualquer outra coisa.
Por ter escolhido a espiritualidade, não tento convencer ninguém de fazer o mesmo, pois acredito que cada indivíduo tem necessidades próprias e deve procurar supri-las da melhor maneira. Respeito e entendo os ateus, agnósticos e religiosos. Sendo assim, peço que também não tentem me convencer de nada e respeitem a minha escolha.



segunda-feira, 29 de junho de 2015

Campanha "Eles Por Elas"

Nos últimos dias, surgiram diversos assuntos dos quais eu gostaria de escrever, mas acabei não tendo tempo. No entanto, não poderia deixar de falar primeiramente, sobre a parceria entre o canal GNT e a ONU Mulheres, que lançou a campanha "Eles Por Elas", a versão brasileira do "He For She", movimento mundial a favor da igualdade de gênero. 

Na última quarta-feira (24), foi realizado um evento em São Paulo, para dar início a campanha, que tem a meta de atingir 100 mil assinaturas de homens brasileiros até o fim do ano. Na "inauguração", os apresentadores Astrid Fontenelle e Marcelo Tas comandaram uma série de bate-papos sobre o assunto. 

O legal dessa iniciativa é a tentativa de mostrar a todos que, a luta por igualdade de gênero não é só das mulheres e não interessa apenas às mulheres, mas aos homens também. Quem fala muito bem sobre isso é a minha querida atriz Emma Watson (ela mesma, a Hermione do Harry Potter!), que vêm impressionando o mundo com sua sensibilidade, inteligência, sensatez e maturidade. Vale MUITO a pena assistir o discurso, que me deixou com lágrimas dos olhos, em que ela fala sobre a campanha e sobre a importância de trazer os homens para essa conversa também. Por favor, assistam aqui! É realmente muito esclarecedor. 




Então, homens - pais, filhos, maridos, namorados, irmãos, todos vocês: saibam que essa luta não é apenas pelas mulheres de suas vidas (o que já seria o suficiente para comover vocês), mas é também por vocês. Cada vez que o papel de pai é menosprezado em relação ao papel de mãe, cada vez que um jovem sofre por não conseguir demostrar seus sentimentos, ou é julgado ser "menos homem" quando chora, cada vez que um homem, para provar que é valente precisa ser agressivo, ele está sofrendo por não ter o benefício da igualdade. O que nós queremos para todo mundo é liberdade, apenas. Os lindos que se sensibilizarem devem assinar aqui. Caso tenham alguma dúvida, lembrem-se de se perguntar: "Se não eu, quem? Se não agora, quando?"

Enquanto isso, nos Estados Unidos, só para registrar mais uma atitude inspiradora, a diva Meryl Streep que, além de uma atriz talentosíssima é também uma grande defensora dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero, na última terça-feira (23), enviou uma carta a cada membro do Congresso Americano, para lembrar que a Constituição do país ainda não inclui a emenda de direitos iguais para homens e mulheres. 

Vejam que lindas as palavras de Meryl: "Escrevo para fazer com que vocês voltem a sua atenção para a igualdade -- por suas filhas, mãe, irmãs, esposas ou a si mesmo, apoiando ativamente a Emenda (...) Uma nova geração de mulheres está falando sobre igualdade – igualdade de salário, igualdade de proteção contra abusos e igualdade de direitos – e estou escrevendo para pedir que vocês lutem por isto – pelas suas mães, filhas, irmãs, esposas, e por vocês mesmos -, apoiando a Emenda de Igualdade de Direitos”. É ou não é para morrer de amores pela recordista do Oscar?! 

Bom, o fato é que desde que eu comecei a me informar sobre o feminismo (palavra que assusta muita gente - a maioria que não faz ideia do seu real significado), não consigo ficar se quer um dia sem refletir sobre isso e pensar na importância da igualdade para o mundo. Lutar por igualdade deve ser um exercício diário. É o meu e deve ser o de todo mundo! 

"Se não eu, quem? Se não agora, quando?"  



quarta-feira, 17 de junho de 2015

A moda e a emancipação da mulher

Hoje, eu vim falar sobre um assunto que me interessa bastante e que a meu ver é pouco compreendido. Eu faço Pós-Graduação em moda e quase sempre que falo sobre isso sou encarada com um olhar de desprezo, por essa área ser vista como algo "fútil", por isso acho que a moda deve ser vista mais profundamente, para ser entendida como merece. 

Apesar de achar esse mundo fashion muito divertido, não é isso o que mais me encanta nessa história toda. Acredito que o que me faça ter "brilho nos olhos" por esse universo da moda, seja a forma como a história da sociedade pode ser contata por meio da história da moda (vestimenta).

Isso acontece de forma ainda mais expressiva em relação a mulher, porque existe uma associação histórica entre moda e feminilidade, ou seja, as mulheres são mais envolvidas com a moda do que os homens - o que as torna mais habilitadas para interpretar os "códigos" do vestuário (mas isso não nos interessa no momento), o que interessa é que a moda da mulher teve muito mais mudança ao longo dos anos do que a dos os homens - o que para mim se justifica não apenas por essa "histórica associação", mas também pelo histórico da mulher na sociedade, que passou por diversas mudanças, muito maiores do que as dos homens.

As mulheres sofrem discriminação em razão de seu gênero desde que o mundo é mundo e a moda sempre retratou essa situação. No final do século XIX, começo do século XX, por exemplo, a moda feminina era marcada por saias tão estreitas na barra que chegavam ao ponto de impedir passos maiores que cinco ou oito centímetros. 



No entanto, com a chegada da Primeira Guerra Mundial, surgiu a necessidade das mulheres encarem o trabalho, (sim, a maior participação da mulher fora do lar sempre esteve ligada ao afastamento do homem por motivo de guerras), nesse período, a moda tratou de se reinventar e liberar o corpo feminino do espartilho, que hoje em dia, a maioria de nós acha lindo, mas que seria completamente inviável para as atividades exigidas nas industrias, assim foram criadas roupas que permitiam movimento ao corpo feminino.



Todavia, após a Guerra, a moda se volta para um visual cheio de feminilidade, convidando a mulher à retornar ao lar e dar espaço novamente aos homens, já que o trabalho feminino sempre recebeu remuneração inferior ao do homem, o que era uma ameaça à eles. 

Depois da Segunda Guerra Mundial então, as saias volumosas e cintura marcada de Christian Dior exemplificam bem esse comportamento e marcaram época com muito luxo.



Mas, a partir dos anos 60 as mulheres foram ganhando mais força e a moda é claro, refletindo tudo isso, o que muitos lamentam até hoje, pois foi por meados nessa década que as saias chegaram à altura das coxas pela primeira vez (adoro!). 



Agora, chegou no ponto que dá o que falar hoje em dia, pois muitos acreditam que esse tipo de vestimenta feminina diz muito sobre o caráter da mulher (no mau sentido), mas que para mim é uma vitória das mulheres. Ao contrário do que o pensamento conservador prega, eu acredito que usar roupa curta ou decotão é um direito da mulher e que ao contrário do que os homens machistas pensam, elas geralmente não estão usando essas roupas pensando em vocês, porque acreditem, as mulheres não pensam apenas em homens, aliás, vêm aí uma notícia inédita: as mulheres pensam! hahaha! 




Voltando ao assunto... A sexualidade feminina sempre foi reprimida, todo mundo sabe que mulher de valor antigamente tinha casar virgem e os anos 70 foram marcados pela revolução sexual, foi quando pela primeira vez, as revistas femininas publicaram os nomes dos órgãos sexuais femininos (aleluia, irmão!). Para acompanhar, as roupas estavam mais desestruturadas do que nunca e uso de calça por mulher estava super em alta. 




Nos anos 80, depois de anos e anos de luta, com um forte apoio do Movimento Feminista, as mulheres finalmente conseguiram um espaço mais significativo no mercado de trabalho. A moda unissex, por sua vez, foi sendo consolidada: calça, blazers, jaquetas e smokings faziam parte do guarda-roupa feminino, além de claro, uma libertação geral, ou seja, toda aquela irreverência que marcou essa década. 






Deu para perceber? Se olhada mais profundamente, não é difícil perceber que a moda foi  um meio de resistência às fronteiras de gênero e se pensarmos na sociedade como um todo, a moda também funciona como um meio de busca por liberdade e igualdade. 

O jeans, por exemplo, não é a vestimenta mais confortável, mas é uma forma de celebração diária de igualdade e despolitização de forma geral, talvez esteja aí a resposta do sucesso dessa peça. 

Por fim, só quero dizer que roupas não são apenas roupas, mas as pessoas têm o direito de usar as roupas que quiserem e isso não dá direito à ninguém de fazer o que bem quiser. 

Em um próximo post pretendo falar mais sobre essa confusão em relação a liberdade da mulher de poder escolher suas roupas e a não liberdade dos outros de se sentirem no direito fazerem o que quiserem em razão delas. 

Por hoje é só! :)




            






segunda-feira, 8 de junho de 2015

O Machismo de todo dia!

Ainda não são nem 11h da manhã de uma segunda-feira e já me deparei com duas manifestações de machismo. 

A primeira foi um texto compartilhado por uma amiga no facebook, que estava impressionada com o seu conteúdo, o título já sugere o susto: “8 comportamentos que tiram o valor de uma mulher”. 

Na lista, o autor diz que mulheres não devem usar decotes e roupas curtas, não devem frequentar casas de homens, nem mesmo serem vistas rodeadas de homens. Mulheres não devem falar palavrão, devem ser discretas e não espalhafatosas. Mulheres de valor não aceitam ser “usadas” por uma noite e não se “entregam” logo de cara, pois podem ficar mal faladas e por fim, não devem viver em festas, baladas e promiscuidade. 

Depois, uma colega de trabalho que se diz preocupada com os direitos femininos, mas ao mesmo tempo se diz conservadora - o que para mim não faz muito sentido, disse acreditar que a exposição do corpo feminino incentiva o assédio praticado pelos homens e que o comportamento deles na balada, no sentido de se achar no direito de agarrar uma mulher, é fruto não apenas da nossa cultura machista, mas também da busca das mulheres pela “liberdade sexual” – que fez com que elas acabassem por se escravizar ainda mais por tornar seus corpos públicos, fazendo com que o homem se sinta ainda mais no direito de usufruir daquilo, já que é público. 

O interessante é que o corpo feminino é visto como uma espécie de pecado desde a antiguidade, quando a condição bíblica de Adão e Eva, por exemplo, culpava Eva pela queda do homem, pois ela é vista como a “instigadora do mal”

Essa ideia de que o homem não consegue se controlar está tão banalizada que as pessoas não pensam a respeito. Nós somos seres humanos, temos cérebros e agimos de acordo com ele. Os homem podem sim se controlar e só não o fazem, porque a nossa cultura aceita esse comportamento da parte deles. Não é porque uma mulher usa uma roupa curta ou um decote, que suas pernas tornam-se públicas, isso é um equivoco perpetuado pela cultura machista. O corpo da mulher é só dela, NÃO é público, NÃO é de quem quiser e ela faz com ele o que ela bem entender, como já dizia Leila Diniz “Eu posso dar para todo mundo, mas não dou para qualquer um”, a mulher pode usar uma roupa curta e não beijar, nem fazer sexo com ninguém, essa é uma escolha somente dela e isso tem que ser repeitado.

Nesse sentido, estão incluídos todos os comportamentos citados como errados pelo autor do primeiro texto. Para verificar o machismo, basta trocar o gênero feminino pelo masculino, então todos os comportamentos seriam aceitos e até mesmo valorizados, se esses fossem praticados por homens. Isso é machismo! 

Chega de pensamentos antiquados e preconceituosos. As mulheres são livres, isso inclui poder chamar um homem para a cama, escolher o pai de seus filhos, escolher se quer casar ou não e até mesmo escolher casar virgem e ser mulher de um homem só, se assim quiser. 

Como eu sempre digo “o machismo é uma luta diária”, mesmo! 

Depois disso, vai aí uma homenagem à linda Leila Diniz: "Sobre minha vida, meu modo de viver, não faço o menor segredo. Sou uma moça livre".


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Desabafo: pessoas pequenas

Faz tempo que eu estou “ensaiando” para escrever novamente aqui. Assuntos interessantes que me fazem refletir diariamente não faltam, mas aquela minha auto-censura irritante tem me impedido.

No entanto, ontem aconteceu algo que me deixou sem palavras – o que para uma jornalista, na verdade rende muitas palavras.

O ocorrido foi com uma colega de profissão que não trabalha, mas recentemente conquistou um diploma de jornalista. A moça é casada, mãe de três filhos e está à espera do quarto, no caso, da quarta, a tão esperada garotinha.

Apesar de a moça ter se formado na mesma faculdade que eu, eu nunca a vi pessoalmente, acredito que ela tenha trancado o curso diversas vezes e voltado quando eu já estava formada. Sendo assim, ela concluiu o último ano do curso com meus calouros. Mas, não! Eu não a conheço por meio deles, mas sim por seu marido, que trabalha comigo. Na verdade, conheço indiretamente, pois nunca fomos apresentadas.

Ok, vamos ao ponto!
Eis que um belo dia, eu estava no meu feed de notícias do Facebook, o que acontece diversas vezes durante o dia, já que trabalho com redes sociais e, vejo uma foto da moça com um calouro meu, que não tenho contato, mas está entre meus “amigos” do Facebook. Então penso “olha, é a mulher do cara que trabalha comigo, deixa eu ver isso melhor” e leio os comentários felizes falando sobre sua aparentemente recém descoberta gravidez, “viva!”.

No dia seguinte fui ao trabalho, o marido da moça não estava lá e eu perguntei ao meu chefe se o nosso colega iria ser pai novamente. Para a minha surpresa, meu chefe disse que não estava sabendo de nada, que se fosse ele teria contado para nós, então eu pensei e disse “deve ser apenas uma brincadeira de Internet”.

Depois de aproximadamente duas semanas, em um sábado, esse colega de trabalho postou uma foto do ultrassom da mulher dizendo estar feliz, pois finalmente iria ganhar uma garotinha. Eu parabenizei e em uma conversa com o pessoal do trabalho, também no facebook, disse “viu chefe, eu falei que tinha visto uma conversa da moça”.

Depois, vou trabalhar na segunda-feira e sou surpreendida com uma mensagem em inbox da tal moça indignada. Ela dizia para eu não me envolver nos assuntos da família dela, pois minha amizade com o seu marido devia ser apenas profissional e por isso eu não tinha o direito de me envolver na sua gravidez. A moça argumentou que o marido estava esperando o momento certo para contar aos amigos (que depois fiquei sabendo que era saber o sexo do bebê) e eu não tinha o direito de falar antes, pois essa atitude foi desnecessária, tanto quanto a de quem veio me contar sobre a gravidez da moça.

Além disso, ela me bloqueou e eu não posso responder a tal mensagem. Então, falei com meu colega de trabalho sobre o assunto. Ele demonstrou vergonha pela atitude da esposa e só disse para eu não “esquentar com isso”, pois ele tinha falado que ela não tinha que falar sobre a gravidez em redes sociais.

Ufa! Acabou a história! Agora, vamos às considerações?

Certamente o meu colega de trabalho ficou chateado pelo chefe pensar que ele não havia contado nada sobre a nova filha, sendo que sua mulher estava cantando aos sete ventos sobre a gravidez. A moça irritada com o marido que não gostou de sua atitude, que para ele era desnecessária, resolveu culpar uma terceira pessoa e não dar a ela o direito de resposta, porque no fundo não queria ouvir a verdade.

Moça, para começar, ninguém me contou nada não, eu mesma vi, porque você tornou sua gravidez pública a partir do momento em que falou sobre ela no mural do seu amigo, em uma rede social. Pois é, tenho que te informar que infelizmente as redes sociais são espaços públicos, bem vinda à realidade!

Além disso, sinto lhe dizer que eu não sabia que seu marido estava esperando “o momento certo”, até porque eu não sou uma feiticeira, nem bruxa, nem nada do tipo, infelizmente. E ainda, venho lhe informar que, moça, sua gravidez não é tão importante assim para ninguém além de sua família, ninguém lá no trabalho ligou muito por não ter ficado sabendo antes, pode ficar tranquila!

Mas, o que me deixa triste nessa história é que essa moça tem Ensino Superior, então dá para perceber como está a educação no nosso País né?

No entanto, o que me deixa mais triste ainda, é que essa moça vai criar quatro filhos. O que ela vai ensinar a eles? Seguirem seu exemplo de imaturidade? Colocar a culpa dos acontecimentos indesejados em terceiros? Se esconder? Ser covarde? Falar o que quer, sem checar as informações e não dar ao próximo o direito de resposta?


Infelizmente o mundo está cheio de pessoas assim e o pior é que essas pessoas adoram ter filhos. 

terça-feira, 7 de abril de 2015

Licença Paternidade

Você sabia que, na Suécia, os pais podem tirar até um ano de licença paternidade? Por lá funciona assim, a licença é de 480 dias para o casal, sendo que cada um é obrigado a tirar pelo menos 60 dias, e o restante dividir como quiser. 

O fotógrafo Johan Bavman se interessou pelo assunto e, resolveu retratar a rotina dos pais que escolheram passar um ano inteiro cuidando de seus filhos. De acordo com o fotógrafo, seu objetivo é de entender "a razão pela qual eles querem ficar em casa com as crianças e o que esperam aprender com isso". 

As declarações dos pais que encararam um ano todo com os filhos, afirmam o sucesso da experiência. Eles dizem que fortaleceram os laços com as crianças e se sentem agradecidos por essa oportunidade. Leia a matéria clicando aqui! 

Essa iniciativa é a prova de que a afinidade da mãe com os filhos, que alguns dizem ser maior do que a do pai, não é algo "natural", mas sim construído com dedicação, tempo e convívio. Além disso, mostra que o feminismo beneficia não apenas a mulher, mas o homem também, pois todos os pais que participaram ativamente e intensamente da criação dos pequenos se sentiram privilegiados por ter esse direito. 

É importante lembrar também, que uma das razões pela discriminação da mulher no mercado do trabalho e de seus salários ainda serem mais baixos do que os dos homens, é a interrupção de sua carreira para ter filhos. A probabilidade de uma mulher engravidar e ter que se afastar do trabalho é um fator eliminatório para algumas empresas, na hora da contratação. E, o tempo dedicado a licença maternidade, que significa um longo período longe do mercado de trabalho, faz com que as mulheres retomem a vida profissional mais velhas, com menos experiência do que um homem que tem a sua mesma idade e consequentemente menos capazes de conseguir sucesso profissional equivalente ao do gênero oposto. 

Com a possibilidade da licença para cuidar dos filhos assegurada na Suécia, é possível que o casal entre em um consenso, para decidir quem tem mais possibilidade de tirar um tempo do trabalho. Isso gera benefício para o relacionamento entre os dois, que se tornam mais cúmplices pelo companheirismo e também, para os filhos. 

Vejam as fotos dos "super pais"... 


Johan Ekengård, 38, desenvolvedor de produtos: “Ganhei confiança como pai, consegui entender melhor minha parceira e criei laços mais fortes com meus filhos.”


Urban North, 32, consultor de infraestrutura: “Minha mulher e eu tentamos ser o mais igual possível em nossa vida diária.”


Loui Kuhlau, 28, artista: “Se eu não tivesse a oportunidade de ficar em casa com nosso filho por quase um ano, eu provavelmente não teria o conhecido tão bem e entendido suas necessidades.”


Samad Kohigoltapeh, 32, engenheiro civil: “Acho que é importante para os filhos terem a presença do pai desde cedo em suas vidas.”



Ola Larsson, 41, comprador: “É uma verdadeira dádiva poder criar laços emocionais tão fortes com os filhos.”



Tjeerd van Waijenburg, 34, desenvolvedor de produtos: Fui encorajado no trabalho a tirar licença-paternidade, o que foi bom. É uma pena que pais de outros países não tenham essa vantagem como na Suécia.”

Andreas Bergström, 39, oficial de justiça: “Meus filhos confiam tanto em mim quanto na mãe. Saber que posso confortá-los é algo importante para mim.

Göran Sevelin, 27, estudante: “Ao ficar em casa, tenho mais tempo para me conectar com minha filha e isso é muito importante para nosso futuro juntos.”

Marcus Pranter, 29, comerciante de vinhos: “Minha parceira e eu somos igualmente responsáveis por colocar nosso filho no mundo, então dividimos a responsabilidade de criá-lo.”

Martin Gagner, 35, administrador: “Sinto culpa por não ter ficado em casa com a Matilda (primeira filha) tanto quanto agora com o Valdemar (caçula). Tenho medo que isso enfraqueça nossa relação no futuro.”
Informações: https://razoesparaacreditar.com/ser/fotografo-mostra-a-rotina-de-pais-suecos-que-tiraram-um-ano-de-licenca-paternidade/