Hoje
(08/03), é o dia do ano que representa todos os outros 365 em que lutamos
diariamente. Penso que é um dia triste e feliz ao mesmo tempo.
Triste por ainda termos que encarar a realidade – agora, nesse exato momento, existem mulheres sofrendo violência doméstica e psicológica.
Triste por ainda termos que encarar a realidade – agora, nesse exato momento, existem mulheres sofrendo violência doméstica e psicológica.
Hoje,
muitas mulheres terão que ir trabalhar, cuidar dos filhos, da casa e das contas
sozinhas, porque seus companheiros viraram as costas para elas e para os
filhos.
Também
tem aquelas que são casadas, mas que para elas a jornada diária é trabalho +
casa + filhos, enquanto para ele é apenas = trabalho. Sem preocupação com os
afazeres domésticos e com a educação de sua prole.
Então,
por que também é um dia feliz? Porque acredito que para seguirmos em frente,
temos sempre que olhar para as nossas vitórias, pois elas nos motivam a
continuar firmes e fortes (nós somos mestres nisso).
As
mulheres nunca se conformaram com o tratamento dispensado a elas. Você sabia
que em 195 d.c, elas estavam protestando contra a exclusão do uso dos
transportes públicos? Sim, eles eram um privilegio masculino, elas tinham que
se locomover apenas a pé.
Mais
tarde, em 08 de março de 1857, as operárias de uma indústria têxtil de Nova
Iorque organizaram uma manifestação, em que pediam por melhores condições de
trabalho. Essas operárias foram reprimidas pelos policiais, sendo algumas delas
presas e feridas.
Em 1908,
também em Nova Iorque, outras operárias protestavam pelos mesmos direitos, além
de denunciar contra a exclusão à participação política e pedir o direito ao
voto. No entanto, essa luta durou 72 anos e somente em setembro de 1920, nos
Estados Unidos, esse direito foi concedido. No Brasil, as mulheres, só venceram
essa luta em 1932, quando o Presidente Getúlio Vargas sancionou essa lei.
A mulher
pedia pelo direito ao estudo, ao voto, ao trabalho e se hoje, nós podemos fazer
tudo isso é graças a elas que lutaram por nós lá atrás, e sim, elas merecem ser
parabenizadas pela força, pela coragem e pela conquista.
No
entanto, como bem sabemos, a luta não acabou, pelo contrário, ela é diária. Nós
lutamos até hoje por salários iguais, por divisões de tarefas iguais, lutamos
contra a violência doméstica, contra a violência nas ruas e contra os padrões
socialmente impostos.
Nós lutamos
desde pequenas, quando queremos sentar apenas como criança e alguém nos diz que
“não é coisa de mocinha”. Nós lutamos quando somos adolescentes e queremos
ficar até mais tarde em uma festa, mas não é hora de menina estar na rua
(menino não tem problema né?).
Lutamos diariamente
quando andamos pelas ruas escuras assustadas e com medo. Lutamos todos os dias, quando precisamos
argumentar com os nossos namorados, maridos, pais, irmãos, filhos, amigos e até
mesmo algumas mulheres, para convencê-los de que merecemos ser tratadas com
igualdade.
Ainda
temos um caminho árduo para percorrer, mas vamos conseguir, porque depois de
toda essa luta sermos chamadas de “sexo frágil” só pode ser uma piada de mau
gosto né?
NÓS SOMOS
FORTES!
Avante!
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