terça-feira, 8 de março de 2016

Dia Internacional da Mulher

Hoje (08/03), é o dia do ano que representa todos os outros 365 em que lutamos diariamente. Penso que é um dia triste e feliz ao mesmo tempo. 

Triste por ainda termos que encarar a realidade – agora, nesse exato momento, existem mulheres sofrendo violência doméstica e psicológica.  

Hoje, muitas mulheres terão que ir trabalhar, cuidar dos filhos, da casa e das contas sozinhas, porque seus companheiros viraram as costas para elas e para os filhos.

Também tem aquelas que são casadas, mas que para elas a jornada diária é trabalho + casa + filhos, enquanto para ele é apenas = trabalho. Sem preocupação com os afazeres domésticos e com a educação de sua prole.

Então, por que também é um dia feliz? Porque acredito que para seguirmos em frente, temos sempre que olhar para as nossas vitórias, pois elas nos motivam a continuar firmes e fortes (nós somos mestres nisso).



As mulheres nunca se conformaram com o tratamento dispensado a elas. Você sabia que em 195 d.c, elas estavam protestando contra a exclusão do uso dos transportes públicos? Sim, eles eram um privilegio masculino, elas tinham que se locomover apenas a pé.

Mais tarde, em 08 de março de 1857, as operárias de uma indústria têxtil de Nova Iorque organizaram uma manifestação, em que pediam por melhores condições de trabalho. Essas operárias foram reprimidas pelos policiais, sendo algumas delas presas e feridas.

Em 1908, também em Nova Iorque, outras operárias protestavam pelos mesmos direitos, além de denunciar contra a exclusão à participação política e pedir o direito ao voto. No entanto, essa luta durou 72 anos e somente em setembro de 1920, nos Estados Unidos, esse direito foi concedido. No Brasil, as mulheres, só venceram essa luta em 1932, quando o Presidente Getúlio Vargas sancionou essa lei.

A mulher pedia pelo direito ao estudo, ao voto, ao trabalho e se hoje, nós podemos fazer tudo isso é graças a elas que lutaram por nós lá atrás, e sim, elas merecem ser parabenizadas pela força, pela coragem e pela conquista.

No entanto, como bem sabemos, a luta não acabou, pelo contrário, ela é diária. Nós lutamos até hoje por salários iguais, por divisões de tarefas iguais, lutamos contra a violência doméstica, contra a violência nas ruas e contra os padrões socialmente impostos.

Nós lutamos desde pequenas, quando queremos sentar apenas como criança e alguém nos diz que “não é coisa de mocinha”. Nós lutamos quando somos adolescentes e queremos ficar até mais tarde em uma festa, mas não é hora de menina estar na rua (menino não tem problema né?).

Lutamos diariamente quando andamos pelas ruas escuras assustadas e com medo. Lutamos todos os dias, quando precisamos argumentar com os nossos namorados, maridos, pais, irmãos, filhos, amigos e até mesmo algumas mulheres, para convencê-los de que merecemos ser tratadas com igualdade.

Ainda temos um caminho árduo para percorrer, mas vamos conseguir, porque depois de toda essa luta sermos chamadas de “sexo frágil” só pode ser uma piada de mau gosto né?

NÓS SOMOS FORTES! 
Avante!


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